Cúpula do PMDB quer candidatura própria a vice

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Por Agencia Estado
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A cúpula do PMDB reagiu com indignação à proposta do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos, para que o partido abra mão da vaga de vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano e ministro da Saúde, José Serra, em favor da reedição da aliança PSDB/PMDB/ PFL nas eleições presidenciais deste ano. Em resposta à articulação de Vasconcellos, que é do PMDB e não deve aceitar ser o vice de Serra, dirigentes peemedebistas reforçaram os entendimentos para formar chapa com o PFL da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, também candidata à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Os peemedebistas ficaram irritados com o ministro Serra, que escolheu o nome de Jarbas Vasconcellos como seu vice. "Pelo que eu sei, o convite de vice foi para o PMDB e causou um mal estar profundo o PSDB indicar o candidato no PMDB", reagiu o deputado Wagner Rossi (PMDB-SP). "Não há hipótese de abrirmos mão da vaga de vice", afirmou. Segundo ele, nos Estados mais importantes é praticamente inviável a aliança do PMDB com o PSDB. "Há mais dificuldades de nos aliarmos com o PSDB, nos Estados, do que com o PFL", observou Rossi. Depois de um encontro com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, afirmou publicamente, pela primeira vez, que irá trabalhar para que peemedebistas se unam aos pefelistas nas eleições presidenciais. "A melhor solução para o PMDB é fazer uma aliança com o PFL, e vou trabalhar para isso", disse Sarney. "Não está descartada uma aliança com o PFL", endossou Temer. Na avaliação da cúpula do PMDB, a sugestão de Vasconcellos acabou dando força à realização das prévias do partido para escolha de candidato próprio à Presidência. "Essa proposta do governador de Pernambuco é uma opinião pessoal dele e recebi muita queixa disso", afirmou Temer, cotado para a vaga de vice em uma eventual aliança entre PMDB e PFL nas eleições presidenciais. Pela proposta do governador Jarbas Vasconcellos, o PMDB abriria mão de ser o vice na chapa de Serra, deixando a vaga com o PFL. Em contrapartida, os peemedebistas ocupariam a cabeça de chapa para os governos dos Estados e teriam a garantia de ficar com a presidência da Câmara ou do Senado. "Ou teremos candidato próprio ou vamos fazer uma aliança como vice", afirmou Michel Temer, descartando a proposta do governador Pernambucano.

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