Cúpula do PMDB conta votos nas convenções

Por Agencia Estado
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A cúpula nacional do PMDB deve se reunir hoje em Brasília para contabilizar os votos da ala governista nas convenções estaduais do partido realizadas no fim de semana em todo o Brasil. Só depois de medir o tamanho exato da força do grupo no PMDB é que os cardeais do partido irão ao Palácio do Planalto para tratar da substituição do senador Fernando Bezerra (PTB-RN), ex-ministro da Integração Nacional, que se desfiliou da legenda logo depois de deixar o Ministério, há duas semanas. "Primeiro, temos de saber quantos delegados nós fizemos para, depois, tratar de Ministério com o presidente Fernando Henrique Cardoso", explica um dirigente nacional peemedebista. A conversa com o presidente está prevista para amanhã mas ninguém acredita que a definição do novo ministro acontecerá esta semana. "A agenda política dos próximos dias já está ocupada com um caso de interesse do Planalto e do País, que precisa ser resolvido para que nós possamos tratar de nomes para a Integração Nacional", completa o peemedebista, que estará presente na reunião com Fernando Henrique. O mais cotado dentro do partido para ocupar o posto vago na Esplanada dos Ministérios é o senador Ramez Tebet (PMDB-MS), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Mas o cardeal do PMDB avalia que a convenção do fim de semana pode mudar os planos do deputado Michel Temer (PMDB-SP). "Quem perde o comando do partido no Estado para o Orestes Quércia não pode pensar em presidir o PMDB nacional", diz o parlamentar. Como o fundamental para o PMDB, neste momento, é manter a unidade, seja para permanecer na aliança ou entrar na corrida presidencial com uma candidatura oposicionista, há, na cúpula, quem defenda a tese de "ceder" a presidência da sigla a um representante da ala mais distante do governo. "O ideal é que o comando partidário seja entregue a um peemedebista que transite bem nos dois grupos", afirma um cardeal governista, com a tranqüilidade de quem, em qualquer hipótese, aposta que estará agregado à ala majoritária.

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