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Cúpula abrirá brecha para aliança com partidos rivais

Proposta sobre tática eleitoral, que será apresentada nesta quinta-feira, 4, à Executiva do PT, em reunião no Rio, menciona explicitamente o PSDB, o DEM e o PPS

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - A cúpula do PT vai aprovar resolução que abre brechas para alianças com partidos de oposição, nas eleições municipais de 2012, em locais onde essas siglas apoiarem o governo de Dilma Rousseff. A proposta sobre tática eleitoral, que será apresentada nesta quinta-feira, 4, à Executiva do PT, em reunião no Rio, menciona explicitamente o PSDB, o DEM e o PPS .

 

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Não é a primeira vez que o PT autoriza ou fecha os olhos para acordos com adversários durante as eleições. Em 2008, por exemplo, na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, os petistas vetaram a aliança costurada pelo então prefeito Fernando Pimentel - hoje ministro do Desenvolvimento - com o governador Aécio Neves (PSDB), eleito senador - para apoiar Márcio Lacerda (PSB). Depois de muita polêmica, no entanto, a direção do PT lavou as mãos. Lacerda foi eleito.

 

O presidente do PT, Rui Falcão, e o secretário de Organização do partido, Paulo Frateschi, conversaram com Dilma na quarta-feira, 3, à noite, no Palácio do Planalto. Na prática, a proposta que prevê coligações com a oposição atende à política do pragmatismo recomendado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Em determinadas situações, precisamos juntar todos os diferentes para enfrentar os antagônicos", disse o ex-presidente.

 

Lula trabalha para evitar prévias no PT, com voto dos filiados, para escolha dos candidatos. Em São Paulo, cidade considerada prioritária, ele defende a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad. Há outros quatro pré-candidatos no PT: os senadores Marta Suplicy e Eduardo Suplicy e os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. Em setembro, o PT realizará um congresso no qual baterá o martelo sobre a política de alianças para 2012 e reformará seu estatuto, com regras mais duras para prévias.

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