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Cunha volta a negar manobras contra processo contra ele no Conselho de Ética

Presidente da Câmara é alvo de um procedimento em trâmite no colegiado no qual ele é acusado por quebra de decoro parlamentar

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Por Daiene Cardoso e Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta quinta-feira, 17, o presidente do Conselho de Ética da Casa, José Carlos Araújo (PSD-BA). O peemedebista rechaçou, mais uma vez, que esteja manobrando para atrasar o processo contra ele no colegiado, por quebra de decoro parlamentar, e levantou a suspeita de que o próprio Araújo pode estar prorrogando o processo para permanecer na mídia.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha Foto: André Dusek|Estadão

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Na manhã desta quinta-feira, Cunha foi notificado por uma funcionária do Conselho de Ética sobre a admissibilidade de seu processo. O presidente da Câmara confirmou o recebimento e que já apresentou recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa questionando o fato de José Carlos Araújo não ter concedido pedido de vistas do processo na reunião da última terça-feira. Para o peemedebista, isso representa seu cerceamento de defesa.

Eduardo Cunha afirmou que Araújo pode estar cometendo atos antirregimentais na condução do processo contra ele no Conselho de Ética de propósito, para atrasar o processo e ganhar visibilidade. "Talvez ele (Araújo) queira se aproveitar para postergar o processo e ficar mais tempo na mídia", afirmou. Questionado sobre o rito do julgamento do seu processo na Câmara, o peemedebista comentou que "talvez nem apresente" defesa no Conselho. 

Cunha disse também achar "pouco provável" que haja sessão durante o recesso parlamentar. Ele lembrou que o Senado Federal já encerrou suas atividades, o que torna difícil a convocação extraordinária do Congresso em janeiro, uma vez que ela precisaria ser aprovada pela maioria dos senadores e dos deputados. O peemedebista informou, contudo, que provavelmente deverá convocar sessão ordinária para a próxima terça-feira (22), último dia antes do recesso parlamentar.

No início da noite desta quinta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou o fim da sessão para fazer um balanço do ano na Casa e para afirmar que não vê necessidade de convocação extraordinária do Congresso durante o período de recesso. A decisão agrada ao governo e à oposição. "O Congresso fez a sua parte, votou o ajuste, votou todas as matérias orçamentárias. Não há por que haver, pelo menos até agora, convocação do Congresso Nacional", afirmou Calheiros.

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