Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indeferiu nesta quinta-feira, 1, mais dois pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, restam oito pedidos para que Cunha avalie, entre eles, o de autoria dos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Os dois pedidos rejeitados hoje também alegavam crime de responsabilidade e ligavam a presidente aos escândalos de corrupção. A justificativa de Cunha para indeferi-los foi a ausência de documentação necessária para comprovar quitação com a Justiça Eleitoral, logo não é possível aferir se o denunciante "está, ou não, no gozo de seus direitos políticos" e pelo fato de não existirem provas concretas contra a presidente nos pedidos. Segundo Cunha, "não bastam apenas cópias de matérias jornalísticas".
Na quarta, Cunha já havia indeferido outros três dos 13 pedidos existentes na Casa por razões semelhantes. Nesta quinta, o presidente da Câmara afirmou que continuará apreciando diariamente os pedidos de impeachment contra a presidente e "que em 10 dias ou 15 dias" concluíra a análise.