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Cunha liga para aliados para cobrar presença de membros no Conselho de Ética

De acordo com interlocutores, o presidente afastado da Câmara tem se mostrado preocupado com o resultado da votação, ainda considerado incerto

Por Igor Gadelha e Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está monitorando de longe a sessão do Conselho de Ética que discute e pode votar o parecer pela cassação de seu mandato. De sua residência, o peemedebista liga para aliados para saber do andamento dos trabalhos do colegiado e as negociações de bastidores.

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Dida Sampaio|Estadão

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Durante a reunião, Cunha ligou para o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais membros da chamada "tropa de choque". Entre outras perguntas, questionou onde estavam alguns membros titulares e suplentes do conselho que são aliados dele que não conseguia ver pela transmissão da sessão pela TV Câmara.

De acordo com aliados, o presidente afastado da Câmara tem se mostrado preocupado com o resultado da votação, ainda considerado incerto. A deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado decisivo para que o conselho casse o peemedebista, ainda não chegou à sessão, causando apreensão tanto entre aliados quanto entre opositores de Cunha.

Sem o voto da parlamentar, o placar previsto é de 9 votos pela cassação e 10 contra. Se Tia Eron votar contra Cunha e empatar o placar, caberá ao presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), dá o voto de minerva. O deputado baiano deve votar pela cassação do presidente afastado da Câmara.

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