Cunha indefere mais quatro pedidos de impeachment

Presidente da Câmara alega falta de pré-requisitos técnicos e jurídicos e volta a dizer que análise de requerimentos da oposição pode ser feita ainda neste mês

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Por Daiene Cardoso , Igor Gadelha e Daniel de Carvalho
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta segunda-feira, 16, que indeferiu outros quatro pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por falta dos pré-requisitos técnicos e jurídicos. Cunha ainda não analisou os pedidos de afastamento protocolados pela oposição e disse que os dois requerimentos serão decididos em conjunto.

DUSA5172.JPG BRASILIA BSB DF 16-11-2015 POLITICA O presidente da Camara Eduardo Cunha (PMDB - RJ) chega a Camara dos Deputados em Brasilia FOTO ANDRE DUSEK | ESTADAO Foto:  

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Os pedidos, segundo ele, podem ser analisados ainda neste mês. “Quando eu decidir, vocês vão saber”, desconversou.

Cunha afirmou que a análise dos pedidos de impeachment não será influenciada pelo seu processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. Ele evitou comentar a antecipação da posição do relator, Fausto Pinato (PRB-SP), que hoje protocolou o parecer prévio pela admissibilidade da ação disciplinar.

O deputado disse que caberá ao seu advogado, Marcelo Nobre, tomar medidas sobre a antecipação da posição de Pinato. “Qualquer que seja a situação (de pedido de cassação ou não), acabará em plenário. Nada me assusta”, respondeu.

O peemedebista confirmou presença no Congresso do PMDB amanhã e questionado sobre a possibilidade de rompimento com o governo, respondeu que o evento não é o local apropriado para a discussão, embora sua posição continue sendo pelo desembarque do governo.

Ele lembrou que defendeu que o encontro fosse convenção, mas não conseguiu convencer os outros peemedebistas. “Vai ser um lugar de discurso, de debate. O programa do PMDB é um bom programa, é uma alternativa para o País. Discutir esse programa é uma coisa boa”, afirmou.

Cunha disse não acreditar que o Congresso do PMDB vá esvaziar a sessão de votação dos vetos presidenciais, marcada para o final do dia. Ele afirmou que torce para que a questão dos vetos seja resolvida nesta sessão e que, no que depender dele, vai ajudar.

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