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Cunha evita rebater Jaques Wagner e diz que tudo o que falou está mantido

Em entrevista ao deixar a sessão de leitura do parecer sobre o pedido de impeachment, presidente da Câmara disse manter sua versão sobre barganha que governo teria feito ontem para tentar barrar o processo de impedimento

Por Igor Gadelha , Daniel de Carvalho e Bernardo Caram
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evitou rebater na tarde desta quinta-feira, 3, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Em entrevista ao deixar a sessão de leitura do parecer sobre o pedido de impeachment acolhido por ele, o peemedebista disse que mantém sua versão sobre a barganha que o governo teria feito ontem para tentar barrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.

The president of the Brazilian Chamber of Deputies, Eduardo Cunha (C), speaks during press conference at the National Congress in Brasilia on December 3, 2015. Cunha triggered impeachment proceedings against Brazilian President Dilma Rousseff on Wednesday, setting the stage for a political battle that could see the country's first female leader forced from office. Legislators from Rousseff's party were appealing Thursday to the Supreme Court to halt impeachment proceedings, in the first counter-blow of a political battle expected to paralyze Latin America's biggest country. AFP PHOTO|EVARISTO SA Foto:  

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"Ouçam o (deputado) André Moura (PSC-SE) (...) Se ele confirma o que eu disse, então vale o que eu já falei", afirmou Cunha. Como mostrou o EstadoMoura disse mais cedo que, na guerra de versões entre Cunha e o governo, vale a palavra de seu aliado."A palavra que vale é a do presidente Eduardo Cunha", disse, enquanto tentava se esquivar dos jornalistas.

Em entrevista coletiva no fim da manhã, o presidente da Câmara acusou Dilma de mentir em seu pronunciamento ontem à noite, ao negar que tenha tentado fazer barganha para barrar o prosseguimento do processo de impeachment na Câmara. Segundo Cunha, a sua revelia, Moura teria se encontrado com Jaques Wagner ontem no Planalto.

Na ocasião, o governo teria oferecido ao aliado do presidente da Câmara os três votos do PTa favor do peemedebista no Conselho de Ética, no qual é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar, em troca da aprovação da CPMF na Casa. Wagner, por sua vez, negou e disse que Cunha é quem mentiu.

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