Cunha e Chinaglia compartilham doador

Empresa do setor de mineração ajudou campanha de favoritos a presidir a Câmara, como mostra nova ferramenta do 'Estadão Dados'

PUBLICIDADE

Por Rodrigo Burgarelli , JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO e DANIEL BRAMATTI E DANIEL CARVALHO
Atualização:

Seja quem for eleito presidente da Câmara dos Deputados no próximo domingo, os setores de mineração e alimentação terão acertado suas apostas nas eleições de 2014. Empresas desses dois ramos da economia ajudaram a financiar as campanhas dos dois favoritos na disputa pelo terceiro cargo na linha sucessória do poder no País. Tanto Eduardo Cunha (PMDB) quanto Arlindo Chinaglia (PT) receberam ajuda financeira de mineradoras e de indústrias alimentícias na eleição para deputado federal. Do primeiro setor econômico, o peemedebista levou R$ 700 mil da Mineração Corumbaense (grupo Rio Tinto), enquanto o petista recebeu R$ 300 mil do grupo Vale. Foram, respectivamente, 10% e 6% do total que cada um arrecadou em 2014. Cunha e Chinaglia têm um financiador em comum desse setor: a Rima Industrial, empresa especializada em produção de ligas de silício e de magnésio. Foram R$ 100 mil (2% do custo da campanha) para o petista e R$ 1 milhão para o líder do PMDB - 15% do total, tornando-se assim seu principal financiador, junto com a Ambev. Esses pontos em comum entre os dois adversários foram detectados pela nova ferramenta do Estadão Dados: "Eles elegem". É um infográfico interativo que mostra os 50 maiores financiadores de deputados federais na eleição de 2014 e os conecta a cada parlamentar. Com a ferramenta, é possível ver não apenas qual empresa financiou cada deputado, mas também quais financiadores eles compartilham.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.