23 de setembro de 2015 | 18h12
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou nesta quarta-feira, 23, a comentar as declarações do ex-gerente-geral da Área Internacional da Petrobras e novo delator da Operação Lava Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, que afirmou à força-tarefa ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal era o deputado. "Não vou ser comentarista de delação", disse. "Não sei quem é, nunca ouvi falar", afirmou, dizendo que, sobre o assunto, é o advogado dele que se manifesta.
Como o Estado revelou nesta quarta-feira, 23, Musa, afirmou à Força-Tarefa da Lava Jato ter ouvido que “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobrás era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Eduardo Cunha dava a palavra final na diretoria Internacional, diz ex-gerente da Petrobrás
Segundo o delator, foi o próprio João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema e preso nesta segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava Jato, que lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. “Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobrás com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ”, relatou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.