BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira, 18, que governo não teve uma vitória apertada, mas uma "quase derrota apertada" com a manutenção dos vetos preisdenciais na sessão do Congresso de ontem. Cunha ressaltou lembrou que a eliminação da "pauta-bomba" mostrou a fragilidade da base aliada. Segundo ele, ainda, a manutenção dos vetos era uma sinalização importante para o mercado financeiro.
"O governo não teve uma vitória apertada, teve uma quase derrota apertada, 251 a 132 é uma derrota. É uma situação perigosa ainda e que mostra a fragilidade da base", apontou. Ontem, os parlamentares mantiveram os vetos ao reajuste do Judiciário e à proposta que permitia que os professores descontassem do imposto de renda gastos com a compra de livros. Hoje, o governo conseguiu manter o veto ao atrelamento da política do salário mínimo a todos os benefícios pagos pelo INSS.
Conselho de Ética. Questionado sobre a possibilidade de substituição do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator de seu processo no Conselho de Ética, Cunha respondeu que a decisão será de seu advogado, Marcelo Nobre, que caberá a ele fazer "o que achar que deve". Ele não pretende ir pessoalmente à sessão marcada para esta quinta-feira, 19. "Neste primeiro momento vai só o advogado", informou.
Cunha marcou sessão extraordinária do plenário da Câmara para a partir das 9h desta quinta-feira. A reunião de apresentação do relatório de Pinato ao conselho será às 9h30. Se a ordem do dia começar no horário marcado, o colegiado não conseguirá deliberar sobre o parecer prévio que pede a abertura de investigação contra o peemedebista por quebra de decoro parlamentar.
O deputado negou que a sessão extraordinária foi marcada para "derrubar" a sessão do conselho e disse que todas as quintas-feiras são agendadas sessões do plenário para que os parlamentares viagem de volta aos Estados à tarde. "Eles (conselheiros) podem funcionar até o início da ordem do dia", sugeriu.