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Cunha apresenta ao STF sua versão sobre julgamento de contas

Presidente da Câmara dá explicações em resposta a ação movida pela senadora Rose de Freitas; ela questiona a decisão da Casa, tomada na semana passada, de aprovar dados de governos anteriroes

Por Daniel de Carvalho
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se apresenta nesta quarta-feira, 12, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para uma audiência com o ministro Roberto Barroso. O peemedebista vai apresentar um contraponto à ação movida pela senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

Rose é presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e entendeu que a decisão dos deputados com relação ao julgamento das contas de governos anteriores, realizado na última quinta-feira, 6, viola o texto da Constituição que dispõe que a competência é do Congresso - e não das duas Casas Legislativas em separado.

O Ministério Público da Suíça abriu uma investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de receber um informe do banco usado pelo parlamentar que aponta suspeita de lavagem de dinheiro. Estima-se que o peemdebista detém o valor de U$ 5 milhões nos cofres suíços. O caso foi encaminhado ao Brasil e obanco que guarda esse valor não foi divulgado. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A ação, apresentada na noite de quarta-feira passada (5), com pedido de liminar, pretende suspender a aprovação do requerimento de urgência referentes às contas dos ex-presidentes Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2002 e 2006). O processo foi distribuído para o ministro Roberto Barroso relatar. Contudo, as quatro contas foram aprovadas pela Câmara no na semana passada.

O atual modelo de julgamento se baseia no regimento interno do Congresso, que é da década de 1970, portanto, anterior à Constituição. "Vou entregar as informações", afirmou Cunha ao deixar a Câmara.

Almoço. Após o encontro com Barroso, Cunha seguirá para um almoço com o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer. O encontro foi solicitado pela bancada do PMDB na Câmara, que também participa do evento. Cunha negou que o almoço seja uma tentativa de isolá-lo. "Se eu estou lá, vai me isolar de mim? Eu estou convidado, participo", afirmou. 

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