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CTNBio recomenda à Monsanto destruir lavoura

Por Agencia Estado
Atualização:

O agrônomo Paulo Borges, membro titular da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), disse há pouco que a entidade recomendou à multinacional Monsanto a destruição da lavoura que restou após a ação de ativistas contra transgênicos na estação experimental da empresa em Não-Me-Toque (RS). Borges inspecionou a área nesta segunda-feira e afirmou que foram constatados dois problemas decorrentes do protesto, realizado por sem-terra, pequenos agricultores e outros grupos, incluindo o líder camponês francês José Bové, no dia 28 de janeiro. Houve destruição parcial de um laboratório utilizado para análise de cultivares tradicionais e de uma lavoura com experimentos de soja transgênica e convencional com cerca de 2,5 hectares, descreveu Borges. Segundo o agrônomo, não há risco de contaminação ambiental, pois a soja estava na fase de desenvolvimento vegetativo. "Constatamos que não há preocupação quanto à contaminação, porque a soja não tinha frutificado", observou. A Monsanto poderá optar por basicamente dois métodos tradicionais para eliminar a lavoura: a dessecação ou sua incorporação ao solo, explicou Borges. O procedimento deverá ser executado assim que o clima melhorar na região. Borges fará um relatório para a CTNBio, que deverá ser analisado durante a reunião mensal que a entidade realiza entre terça e quinta-feira.

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