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CSS e reforma tributária são independentes, diz Appy

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou hoje que a polêmica em torno da criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) não deve contaminar as discussões da reforma tributária. "Nós não podemos impedir a discussão política, mas desde o começo ficou claro que a Contribuição Social para a Saúde e a reforma tributária são totalmente independentes", disse o secretário, que participa hoje do Congresso da Indústria 2008, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Bernard Appy não concorda também com as críticas do empresariado e dos partidos de oposição, que asseguram que a aprovação da CSS, a chamada nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), irá prejudicar ou até mesmo interromper o processo de discussão da reforma tributária. "Na nossa avaliação, são duas questões distintas, a discussão da CSS surgiu da demanda do Congresso Nacional em ampliar as despesas da Saúde. A iniciativa da CSS é do Congresso e não do governo", afirmou. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda afirmou ainda que a intenção da comissão que discute a reforma tributária no Congresso é preservar o desenho principal elaborado pelo governo, mas com alguns ajustes. Ele acredita que a reforma tributária que será aprovada não será ideal, mas sim a possível do ponto de vista político. "Do ponto de vista técnico é possível fazer desenhos melhores, mas do ponto de vista político temos de pensar em uma proposta que seja aprovada pelo Congresso Nacional e não enfrente tantas resistências."

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