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Críticas de Garotinho anteciparam decisão do PSB

Por Agencia Estado
Atualização:

A atitude do ex-governador fluminense Anthony Garotinho (PSB) de permanente crítica às reformas constitucionais propostas pelo governo federal precipitou a decisão de hoje da Executiva Nacional do partido de fechar questão a favor da admissibilidade da proposta de reforma da Previdência, que será votada na próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A informação é de integrantes da Executiva. Eles explicaram que a proposta inicial era a de que a reunião de hoje adotaria uma decisão somente em relação à reforma tributária, cuja votação na CCJ está prevista para esta semana. Porém, com as novas críticas feitas ontem por Garotinho, o partido optou por fechar questão ainda hoje a favor da proposta de reforma previdenciária. "Garotinho tem de resolver o problema existencial dele", afirmou o deputado Celso Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara. "Se ele (Garotinho) quer R$ 8 bilhões para o Rio de Janeiro (em parte, referentes a royalties de petróleo), não vai resolver isso em um ringue de box", afirmou Albuquerque. E acrescentou: "Toda semana temos de testemunhar um rompante de Garotinho. Somos solidários com os pleitos do Rio de Janeiro, mas ninguém é idiota na política. Não pode querer ficar batendo e receber presentes." "Se alguém deseja sair do partido por não querer votar a favor da admissibilidade da cobrança previdenciária dos servidores inativos, ficará sem partido, porque todos eles vão apoiar essa votação", acrescentou. Não estão confirmadas ainda, no PSB, as versões de que Garotinho teria a intenção de deixar o PSB e entrar no PMDB e de que a mulher dele, a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), iria para o PDT. O PMDB está concluindo entendimentos para passar a integrar a base de apoio parlamentar do governo, e o PDT, que pertence à base, está em posição crítica em relação ao Palácio do Planalto. Garotinho já pertenceu ao PDT, mas teve que abandonar a legenda por causa de desentendimentos com o principal líder desse partido, o ex-governador Leonel Brizola.

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