Critério de mapa impacta eleição distrital

Conforme método usado para dividir São Paulo em 55 áreas de votação, haverá vantagens e desvantagens para cada partido envolvido na disputa

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Por Daniel Bramatti e Rodrigo Burgarelli
Atualização:

São Paulo - O Estadão Dados encontrou dois resultados opostos ao simular a divisão da cidade em 55 distritos - um para cada vaga na Câmara Municipal -, levando em consideração a posição geográfica e o número de eleitores nos quase 2.000 locais de votação em São Paulo, conforme regras aprovadas pelo Senado recentemente. Em uma das simulações, o PT ficou à frente do PSDB em 29 distritos e perdeu em 26. Na outra, os tucanos levaram vantagem sobre os petistas, com placar de 28 a 27. A diferença foi a forma de desenhar o mapa dos distritos - conforme o critério utilizado, haverá vantagens e desvantagens para cada partido envolvido na disputa. O projeto que estabelece o voto distrital nos municípios com mais de 200 mil habitantes, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), ainda precisa ser votado pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor, mas já causou impacto nos debates sobre a reforma política. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, já se manifestou a favor da mudança. A proposta de Serra estabelece que os distritos deverão ser contíguos e de densidade eleitoral similar. A diferença entre o número de votantes no maior e no menor distrito não poderá ser superior a 5%. Em cada um deles será eleito apenas um vereador. E caberá à Justiça Eleitoral definir como será a distribuição do eleitorado nos distritos.

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