Cristovam defende metas para educação

Ele propõe a definição de objetivos a serem cumpridos sob pena de o governante se tornar inelegível

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Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato do PDT à Presidência da República, o senador Cristovam Buarque defendeu a definição de metas para a educação a serem cumpridas sob pena de o governante se tornar inelegível. "Não existe meta para inflação? Temos que ter metas para educação. Não existe a Lei de Responsabilidade Fiscal que torna inelegível quem gasta mais de 60% com o funcionalismo? Temos que ter a Lei de Responsabilidade Educacional", afirmou. "A educação é a porta para o País deixar de ser atrasado pela deficiência, pela desigualdade, pela dependência, pela corrupção", afirmou o candidato, em entrevista concedida ontem na sede do diretório estadual do seu partido, no Recife, quando reforçou a necessidade de uma revolução na educação. Segundo ele, deve-se estabelecer metas de tempo - e estratégias - para se conseguir, por exemplo, que as crianças cursem todo o primeiro grau, metas para que todas elas aprendam a ler e escrever ao chegarem na quarta série, metas para que todas as escolas funcionem em tempo integral, metas para as escolas públicas de todo o País tenham um mínimo de equipamentos e estrutura, metas para que todos os professores tenham uma formação básica e salário digno. O senador contou que no início do governo Lula - quando ocupou por um ano o cargo de ministro da Educação - apresentou uma lista de metas para a educação, "mas ele (Lula) ficou furioso" e disse que não iria definir metas que poderiam não ser conquistadas. Cristovam, que aparece com 1% da preferência do eleitorado, propõe a federalização do ensino básico como forma de se implantar, em todo o País, um padrão mínimo de formação (e salário) do professor de ensino básico, um padrão mínimo de estrutura e equipamentos da escola pública e um padrão mínimo de conteúdo escolar, num trabalho de pelo menos 15 anos. Com a federalização, o governo federal ficaria responsável pelo financiamento do ensino básico, mas o gerenciamento seria descentralizado, sob responsabilidade das prefeituras.

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