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Criado programa para portadores de doenças renais

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, Barjas Negri, assinou nesta terça-feira portaria que institui o Programa Nacional de Assistência aos Portadores de Doenças Renais. Um dos objetivos é fazer o diagnóstico precoce de problemas renais e, assim, evitar ou retardar a necessidade de diálise ou de transplante de rim. Outra meta é criar Centros de Referência em Nefrologia em todos os Estados. O secretário de Assistência à Saúde do ministério, Renilson Rehem, que coordenará o projeto, afirmou que os pacientes se queixavam da ?brutal dificuldade de ter acesso ao nefrologista?. O acompanhamento especializado, na maioria das vezes, só ocorre quando se detecta a perda da função renal. ?Isso é uma contradição.? Rehem observa que o ministério já faz prevenção de hipertensos e diabéticos, dois grupos potenciais para desenvolvimento de doença renal, e também tem organizados as hemodiálises e os transplantes. ?Faltava o trabalho de detecção precoce.? O programa beneficiará, inicialmente, 250 mil pessoas. O gasto anual previsto é de R$ 2 milhões. ?A portaria é um passo fundamental?, comemorou o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, João Egídio, principalmente por causa da criação dos centros de referência. Ele agora vai lançar a campanha ?Previna-se, teste o seu rim?, porque os casos detectados serão encaminhados para os centros. A sociedade, que promove em Brasília o 21º Congresso Brasileiro de Nefrologia, convida hipertensos, diabéticos, parentes de doentes renais, pacientes com infecção urinária e pedra nos rins a participar da campanha. Eles fazem parte dos grupos de risco de doenças renais. O presidente do congresso de nefrologia, Istênio Pascoal, informa que a maioria dos doentes renais não sabe que possui a doença. Quando a descobre já está em estágio avançado, precisando imediatamente de diálises três vezes por semana durante quatro horas. ?A prevenção e o diagnóstico precoce das doenças renais amenizariam o sofrimento de mais de 60% dos pacientes?, calcula Pascoal. O novo programa do governo federal será executado em parceria com as secretarias estaduais de saúde e a do Distrito Federal. Vai funcionar para evitar a insuficiência renal crônica e a falência completa do funcionamento dos rins. Em casos inevitáveis, promete assegurar qualidade nas diálises e depois encurtar o tempo de espera para transplantes.

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