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Crescimento econômico será prioridade do programa de Alckmin

Ele disse que o governo Lula perdeu a oportunidade de promover maiores índices de crescimento econômico, principalmente, no campo do comércio

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Por Agencia Estado
Atualização:

No encontro que manteve com os coordenadores de sua campanha, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que a prioridade absoluta do programa de governo da aliança que o apóia deverá ser a apresentação de propostas para o crescimento econômico do desenvolvimento do Brasil. Segundo Alckmin, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu a oportunidade de promover maiores índices de crescimento econômico, pois não se valeu do momento favorável de liquidez internacional, principalmente, no campo do comércio. "O cavalo passou arriado e não se montou nele", disse o tucano. "O crescimento econômico não é para se empurrar com a barriga. Não podemos deixar para um segundo mandato, onde a força política não é a mesma", acrescentou, durante o encontro realizado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). De acordo com ele, o País tem condições de avançar na redução da carga tributária e dos juros e, ao mesmo tempo, reposicionar o câmbio em patamares mais competitivos para viabilizar as exportações. "Sou favorável ao câmbio flutuante, mas é preciso verificar por que está nesse nível", ressalvou, acrescentando que os juros elevados e o baixo crescimento do País desestimularam as importações de máquinas e equipamentos, o que fortaleceria a competitividade da indústria nacional. Alckmin recusou a análise de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não exerceu, nos dois mandatos, a possibilidade de influenciar o Banco Central na decisão dos juros. "Não é possível comparar os cenários dos dois governos. Fernando Henrique enfrentou quatro crises internacionais e, agora, não houve nenhuma. Foi o custo PT, de desconfiança, que inflou os juros", opinou. 40 coordenadores O programa de governo deverá estar concluído até o início do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, no próximo dia 15. A informação foi dada pelo presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), após participar de reunião com cerca de 40 coordenadores dos grupos de trabalho da aliança partidária PSDB-PFL-PPS, apesar de a última legenda não participar formalmente Ele assegurou ser possível preparar o documento num prazo de menos de duas semanas, porque os participantes do projeto são "grandes estudiosos e credenciados para elaborar um bom programa de governo". Ânimo O crescimento de Alckmin nas últimas pesquisas de intenção de votos divulgadas na semana passada deu um "novo ânimo" aos integrantes da aliança PSDB-PFL-PPS. A avaliação foi feita pelo presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), ao deixar a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), onde dirigentes dos três partidos participaram de reunião com o grupo responsável pela elaboração do programa de governo do tucano. Segundo ele, a aparição de Alckmin em inserções comerciais realizadas ao longo de junho garantiu não apenas os índices de intenção de voto no tucano, como também iniciou mais fortemente o processo de tornar Alckmin mais conhecido no eleitorado. "Não tem nada a ver com os favorecidos pelo Bolsa-Família esta vantagem obtida por Lula. É desconhecimento mesmo do candidato Alckmin e, por outro lado, uma massiva campanha de Lula nos meios de comunicação, nas quais ele tem tomado para o governo atual projetos iniciados no governo anterior", argumentou.

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