Cresce pressão contra fundos que beneficiam o DF

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Por AE
Atualização:

A mesada que Brasília ganha da União pode diminuir. A mobilização contra fundos que beneficiam a capital federal se intensificou após o escândalo do "mensalão do DEM", revelado pela Operação Caixa de Pandora. Da Polícia Federal (PF). De um lado, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) contesta o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). De outro, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) defende que a reserva de recursos que Brasília obtém do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) seja destinada exclusivamente a municípios goianos e mineiros do Entorno, região próxima à divisa com o DF.Considerado o "primo rico" da nação, o DF chocou o País com as imagens de um dos escândalos mais bem filmados de todos os tempos - e o preço pode ser pago agora, com os questionamentos sobre o "dinheiro fácil" injetado em Brasília. "A coisa ficou aguda e a população brasileira tomou conhecimento disso, então é hora de corrigir o que tem de erros, e a correção passa pela extinção do Fundo Constitucional do Distrito Federal", diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Para respaldar o discurso, a CNM preparou estudo das finanças da unidade da federação. O Fundo Constitucional do Distrito Federal foi criado em dezembro de 2002 com o objetivo de assegurar recursos da União para despesas de organização e manutenção da Polícia Civil e da Militar e do Corpo de Bombeiros do DF, além de prestar assistência financeira para serviços públicos de saúde e educação. Para este ano, a previsão da Secretaria de Fazenda é de que a receita chegue a R$ 7,6 bilhões.EntornoO deputado Caiado, por sua vez, mira outro fundo: o de financiamento do Centro-Oeste (FCO). Ele apresentou projeto de lei que pretende direcionar a reserva de recurso do DF exclusivamente para municípios de Goiás e de Minas Gerais que se situam no Entorno, perto da divisa com o DF. Ele nega aproveitamento da crise política que levou à prisão de Arruda no rastro do escândalo do "mensalão do DEM". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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