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CPMF só irá à votação na quinta se houver acordo, diz Viana

Presidente interino da Casa acredita, no entanto, que votação em primeiro turno será em torno do dia 14

Por Paulo R. Zulino , e Cida Fontes e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O presidente interino do Senado, Tião Viana(PT-AC), afirmou nesta sexta-feira, 30, que só irá convocar uma sessão na próxima quinta-feira, dia 6, para votar o primeiro turno da emenda constitucional que prorroga a CPMF se houver acordo dos líderes partidários. "A minha data com segurança regimental é em torno do dia 14 de dezembro", afirmou.   Veja também:    Entenda a cobrança da CPMF  Virgílio vai pedir anulação de sessão sobre a CPMF Governo precisa atender oito senadores para aprovar CPMF Governo quer resolver sucessão de Renan antes de votar CPMF Mantega afirma que Fazenda não tem plano B para a CPMF Governo precisa atender oito senadores para aprovar CPMF   A proposta de votar na quinta-feira a CPMF, dois dias depois do julgamento do processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário do Senado, partiu do líder do governo, Romero Jucá(PMDB-RR). A idéia de Jucá é que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vote na quarta-feira as emendas à PEC da CPMF.   Viana considera normal o acirramento dos ânimos às vésperas da votação da CPMF e não arrisca um placar sobre essa decisão. Ele foi indagado se as declarações do presidente Lula segundo as quais o DEM torce para as coisas não darem certo no Brasil e que os que têm medo da CPMF são os sonegadores. Respondeu que isso contribui para esquentar ainda mais o ambiente que precede a votação dessa matéria no Senado.  Questionado se declarações como essa não jogam mais lenha na fogueira, o presidente interino do Senado declarou que "isso é da natureza da fogueira. Infelizmente, a política não se faz apenas com a brisa. Às vezes, vem vento forte, às vezes, vem tempestade, às vezes, vem a acidez da relação entre as partes divergentes. Isso é normal". Na opinião de Tião, as palavras de Lula, que levaram o DEM a emitir nota dizendo que o governo trata a oposição de forma arrogante e autoritária, não tiveram o propósito de ofender, pois foram pronunciadas no âmbito do jogo político. "Quantas vezes os ataques da oposição não foram infinitamente mais intensos que esse ataque que o presidente fez aos democratas?" - indagou. O senador também lembrou que terminará na segunda-feira o primeiro turno de discussão da PEC que prorroga a cobrança da CPMF. Explicou que, se forem mantidas as emendas apresentadas até agora ao texto, a matéria voltará para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e, dependendo de entendimentos entre o presidente do colegiado, senador Marco Maciel (DEM-PE), e o relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), poderá retornar ao plenário até quinta-feira da semana que vem.   Texto ampliado às 13h20

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