CPMF: governo quer reduzir importação na área de saúde

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Por Adriana Fernandes
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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje, em audiência sobre a emenda de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que o governo trabalhará para reduzir o déficit da balança comercial da área da saúde, já que a indústria do setor, segundo ele, é responsável por um déficit de US$ 5 bilhões. Desse total, 30% são importações oriundas da Índia e da China. Temporão disse que o governo usará o poder de compra do Estado e contará com a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para produzir no Brasil muitos produtos que hoje são importados. O ministro afirmou que é preciso reduzir a vulnerabilidade externa. Ao falar sobre a CPMF, Temporão defendeu a prorrogação de sua cobrança e apresentou números. Disse que 85% dos gastos de média e alta complexidade do Ministério da Saúde são pagos com recursos provenientes da arrecadação da contribuição. Temporão disse que estava apresentando a série de tabelas para não falar de "números vazios". Exibiu dados mostrando quais os tipos de atendimento médico do Sistema Único de Saúde (SUS) são pagos com dinheiro da CPMF. Em 2006, o SUS, segundo o ministro, fez 865 milhões de atendimentos. "Sem os recursos da CPMF, deixaríamos de atender esse conjunto de procedimentos, que são absolutamente fundamentais", afirmou Temporão.

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