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Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|CPI vai ‘de vento em popa’, mesmo com crise criada com os militares e silêncio de Bolsonaro

Em novo episódio de ‘Por Dentro da CPI’, Eliane Cantanhêde destaca ainda a incerteza sobre o recesso parlamentar, que obrigaria a suspensão temporária dos trabalhos

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Por Redação
Atualização:

Na semana em que o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), ganhou os holofotes por determinar a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, o senador também “pisou na bola” ao dividir as Forças Armadas entre “lado bom” e “lado podre” que vem emergindo nas investigações sobre as ações do governo na pandemia. Essa é a avaliação da jornalista Eliane Cantanhêde no novo episódio de Por Dentro da CPI.

Para evitar a crise entre as Forças e o Senado, a colunista avalia que Aziz “não deveria ter usado a expressão ‘lado podre’, ele poderia falar em indivíduos militares que estão surgindo de forma negativa”. Os militares já fizeram seu movimento para “baixar a poeira”, ligaram para o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que afirmou que a briga está superada “se os valentões tiverem bom senso”.

Com o vice Hamilton Mourão, o presidente Jair Bolsonaro participa de evento no Colégio Militar do Rio, na zona norte da cidade Foto: Wilton Júnior/Estadão

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Enquanto isso, a CPI da Covid espera uma resposta do presidente Jair Bolsonaro sobre as denúncias de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, que teriam sido levadas ao chefe do Executivo pelos irmãos Miranda. A única resposta dada até agora pelo presidente foi um “sonoro palavrão”, durante transmissão ao vivo nas redes sociais. “As Forças Armadas querem baixar a poeira, mas o presidente da República quer jogar mais lenha nessa fogueira”, comenta Eliane.

Nenhuma das crises, no entanto, impede que a CPI esteja indo “de vento em popa”, segundo a jornalista.

Em meio a estas tensões, ainda não se sabe se a CPI da Covid vai funcionar ou não durante o recesso parlamentar. A decisão deve sair na próxima semana. A questão depende da votação (ou não) da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Senado. Se aprovada, o recesso se torna obrigatório até 1º de agosto.

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