CPI vai convocar empresas suspeitas de corrupção no Rio

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A CPI dos Fiscais da Assembléia Legislativa decidiu convocar dirigentes de empresas que, na avaliação dos deputados, podem ter dado dinheiro ao suposto esquema de corrupção na Secretaria de Fazenda que teria resultado no envio clandestino de US$ 33,4 milhões para a Suíça. Em reunião fechada, os parlamentares resolveram chamar representantes da White Martins, Xerox, Telemar, H. Stern, GlaxoSmithKline e Jamir Vasconcelos (Drogarias Pacheco). As empresas foram escolhidas porque tiveram muitas multas, em quantidade ou valor, canceladas, ou receberam muito poucas autuações, em valores muito baixos. "Nenhum fiscal leva dinheiro se as empresas não quiserem dar", disse o presidente da CPI, Paulo Melo (PMDB). ?Aquelas nas quais a CPI encontrar indícios que as incriminem, colocaremos no relatório final. Aquelas que foram prejudicadas, colocaremos também?. Os parlamentares também querem saber o motivo de apenas 105 das 483 empresas da Inspetoria de Contribuintes de Grande Porte, criada no governo de Anthony Garotinho (PSB), terem sido multadas, como foi apontado em relatório do deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB). Segundo o deputado Paulo Ramos (PDT), pelo menos 320 das inscritas no órgão, que concentrava 80% da arrecadação do Estado do Rio de Janeiro, jamais sofreram, no período, sequer uma ação fiscal. Delas, não consta sequer um Relatório de Ação Fiscal (RAF), documento que inicia a fiscalização. A inexistência do documento sinaliza que os fiscais sequer passaram pelas empresas. Veja o índice de notícias sobre a corrupção no Rio

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.