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CPI quebra sigilo telefônico da mansão do Lago Sul

A relação de números permitirá identificar outros freqüentadores da residência onde se reunia a república de Ribeirão

Por Agencia Estado
Atualização:

A CPI dos Bingos quebrou nesta quinta-feira o sigilo telefônico, nos anos de 2002 e 2003, da casa localizada no Lago Sul, onde o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e ex-assessores na Prefeitura de Ribeirão Preto recebiam empresários e garotas de programa, conforme o caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, revelou em entrevista ao Estado. O grupo é conhecido como república de Ribeirão. O requerimento do relator Garibaldi Alves (PMDB-RN) foi aprovado por unanimidade, provavelmente porque os governistas não foram informados de que endereço se tratava. A identificação dos números de telefone permitirá identificar outros freqüentadores da residência, além dos que já foram apontados pela quebra do sigilo telefônico do motorista Francisco das Chagas Costa. Dois celulares habilitados em nome de Costa mostram a ligação, entre outros, do então administrador da casa, Vladimir Poleto, com o secretário particular de Palocci, Ademirson Ariosvaldos da Silva, com o empresário Roberto Carlos Kurzweil e a "promotora de eventos", Jeany Mary Corner. Sócio de bingueiros Por desempate do presidente da comissão, Efriam Morais (PFL-PB), a comissão aprovou, pela segunda vez, requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) quebrando o sigilo bancário, fiscal e telefônico de Roberto Carlos Kurzweil. Sócio de bingueiros, o empresário é dono do ômega blindado que teria transportado de Campinas para São Paulo a suposta doação de US$ 3 milhões feitas por Cuba ao PT. Foi ainda aprovado requerimento de Dias pedindo ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, informações os nomes das pessoas que tiveram acesso ao Imposto de Renda do Nildo. Em outra decisão, foram abertas as contas da organizações não-governamental Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social, suspeita de receber doação em dinheiro da multinacional Gtech.

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