CPI para investigar Yeda tem 10 assinaturas

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Por Elder Ogliari e PORTO ALEGRE
Atualização:

No primeiro dia de coleta de assinaturas, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul conseguiu ontem apenas 10 das 19 necessárias para abrir uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). O placar não é definitivo, mas dá fôlego ao Executivo, que pediu que sua base, formada por ampla maioria, rejeitasse a proposta liderada pelo PT. Veja a cronologia do caso que envolve o governo de Yeda Enquanto isso, os dois deputados do PSB prometem se juntar aos nove do PT e um do PC do B que assinaram o requerimento. E a maioria dos seis integrantes da bancada do PDT está propensa a assinar, mas optou por fazer consultas ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, para saber como andam as investigações das operações Solidária e Rodin antes de tomar a posição, que deverá ser conjunta, até a semana que vem. Se o PDT aderir em bloco, faltará apenas mais uma adesão, que os autores da proposta acreditam poder garimpar entre os parlamentares do DEM e do PTB. O requerimento propõe a investigação de irregularidades como certames direcionados em obras viárias e de saneamento que a Operação Solidária da PF apura em segredo. Há possíveis conexões dessa investigação com o desvio de R$ 44 milhões do Detran descoberto pela Operação Rodin, além da denúncia feita pelo PSOL gaúcho de que Yeda teria usado sobra de campanha para pagar parte de um imóvel que adquiriu em 2006. A oposição, que já falava em CPI, ampliou sua mobilização no final de semana, quando uma matéria da revista Veja revelou que o suposto dinheiro de caixa dois da campanha tucana poderia ter sido usado para quitar parte da casa de Yeda, reforçando a denúncia do PSOL. A deputada Stela Farias (PT) sustentou que "só uma investigação rigorosa poderá colocar um ponto final no cenário de suspeição que impera no Estado". No apelo que fez aos deputados da base do governo, o chefe da Casa Civil José Alberto Wenzel disse que não há evidências de irregularidades e advertiu que uma CPI agora só serviria ao objetivo da oposição de paralisar o Estado. Yeda viajou ontem a Brasília para uma série de reuniões com integrantes da cúpula tucana. Ela deve se reunir com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

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