CPI no DF adia eleição de presidente e relator renuncia

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Por CAROL PIRES
Atualização:

A CPI da Corrupção entrou no segundo mês de funcionamento sem avançar nas investigações. Hoje, além de a eleição do novo presidente do colegiado ter sido adiada mais uma vez, o relator, Raimundo Ribeiro (PSDB), renunciou ao cargo. Para tentar adiantar os trabalhos, a presidente interina, Eliana Pedrosa (DEM), marcou duas reuniões para a próxima semana, uma na segunda, quando está prevista a eleição do presidente, e outra na quinta-feira.Os deputados adiaram a eleição de hoje porque o deputado Batista das Cooperativas (PRP) faltou à sessão para resolver problemas de saúde na família. Raimundo Ribeiro, por sua vez, abdicou da relatoria, segundo ele, porque achou mais "elegante", uma vez que foi indicado para o cargo pelo ex-presidente da CPI, Alírio Neto (PPS). Será tarefa do novo presidente indicar o novo relator.Sem relator, fica atrasado também o calendário da CPI, que já tinha sido elaborado por Raimundo Ribeiro. O deputado disse, no entanto, que apresentará o trabalho feito até aqui para o novo relator, que poderá ou não aceitar a agenda pré-elaborada.A ideia de Ribeiro era ouvir, num primeiro momento, representantes das empresas envolvidas no esquema de corrupção no governo local para, depois, discutir a possibilidade de convocar políticos, como os deputados distritais supostamente beneficiados pelo esquema e até mesmo o governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).Raimundo Ribeiro admite que, até aqui, o resultado é "frustrante". Nos bastidores, outros parlamentares afirmam que a perspectiva de que a comissão consiga chegar até a algum resultado é ínfima. Isso porque a CPI foi criada a partir de um inquérito que está avançado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que trabalha com a ajuda da Polícia Federal (PF). "Mesmo com todos os recursos que temos, é muito difícil investigar mais do que a Polícia Federal já fez", endossa Eliana Pedrosa.

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