O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 19, que a CPI do Cachoeira não pode servir para uso político. Alckmin participou de uma reunião com governadores na Câmara dos Deputados para debater a renegociação da dívida dos Estados.
"Não pode ter utilização política, nem para desviar atenção nem para perseguir partidos ou pessoas", afirmou o tucano. "É importante investigar, esclarecer e punir", completou.
Questionado sobre se faria alguma auditoria nos contratos da empreiteira Delta em seu Estado, o governador disse não saber se há negócios com a empresa. "A Delta, se tiver contrato em São Paulo, é mínimo, residual, vírgula, nem sei se tem."
CPI. Em rápida sessão do Congresso, foi instalada na manhã desta quinta, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o envolvimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Após a conferência das assinaturas necessárias para a abertura das investigações, a CPI foi instalada com o apoio de 337 deputados e 72 senadores. O número de assinaturas dos parlamentares foi bem superior ao mínimo necessário, que são 171 de deputados e 27 de senadores. A CPI, que será composta por 15 deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes, vai funcionar por 180 dias e terá R$ 200 mil em recursos para as suas atividades.