03 de setembro de 2015 | 13h04
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão encerrou, nesta quinta-feria, 3, a sessão deliberativa de requerimentos sem aprovar pedidos polêmicos de convocação. Entre os requerimentos estavam os de convocação do doleiro Alberto Youssef, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, da ex-presidente da Petrobrás Graça Foster e ainda um convite ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Os pedidos de convocação de Youssef e Vaccari ocorreram após o advogado Carlos Alberto Pereira Costa, ligado ao doleiro, afirmar que ele e Vaccari atuavam na intermediação de negócios na Petros, fundo de pensão da Petrobrás. O advogado relatou que Youssef recebeu R$ 500 mil em propina para intermediar um investimento da Petros que trouxe R$ 13 milhões de prejuízo à Petros.
Já o pedido de convocação da ex-presidente da Petrobrás também tem ligação com a Petros e o feito a Berzoini seria para que ele explique supostas irregularidades na Postalis, fundo de pensão dos Correios, empresa ligada ao Ministério das Comunicações.
Em consenso, foram aprovadas a convocação, como testemunhas, do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, do empresário Gerson Almada, sócio da Engevix e dos irmãos José Adolfo Pascowitch e Milton Pascowitch, apontados como operadores na companhia em irregularidades investigadas na Operação Lava Jato. Todos foram presos durante as investigações.
Na série de requerimentos, a CPI convidou ainda, entre outros, o diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) Carlos Alberto de Paulo, a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Julia Damazio de Barroso Franco e o ex-presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.
Neste momento, o presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Gueitiro Genso, é ouvido na CPI dos Fundos de Pensão.
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