CPI dos cartões blinda Dilma, mas convoca outro ministro

Ministra teria que explicar suposto dossiê contra FHC; Jorge Felix, do gabinete de Lula, desmarcou depoimento

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Por Redação
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A CPI dos Cartões corporativos rejeitou nesta quarta-feira, 26, a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,para explicar o dossiê que teria sido levantado sobre os gastos do ex-presidente  Fernando Henrique Cardoso e de dona Ruth Cardoso, conforme denúncia da revista Veja. A rejeição foi por 14 votos contra sete.     No entanto, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), pediu a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix.   Veja também: FHC diz que Lula deve seguir seu exemplo e divulgar gastos ENQUETE: A CPI dos Cartões deve quebrar sigilo de Lula e FHC?  Entenda a crise dos cartões corporativos   FHC quebra o próprio sigilo e tucanos pressionam CPI a abrir gasto de Lula   Convidado a comparecer na terça-feira à comissão, o ministro avisou por telefone que não iria, por ter uma viagem de férias marcada para o exterior. "O convite dessa CPI deveria se sobrepor a qualquer férias de qualquer servidor", disse Marisa. "Não vamos fechar a Comissão esperando que alguém volte do exterior. Senão, ficamos desmoralizados." Nesta quarta, quase duas horas após a abertura da reunião da CPI, os parlamentares não haviam começado a discutir a pauta do dia, por conta da discussão em torno dos pedidos de convocação do ministro Jorge Félix e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Havia ao menos 35 requerimentos de convocações e quebras de sigilo sobre a mesa da presidência da CPI ainda a serem analisados.   Mais requerimentos   Durante a reunião, Marisa disse que apresentou requerimento de transferência de todos os dados relativos a despesas feitas com cartão corporativo ou contas tipo B durante os governos Lula e FHC.O requerimento, segundo ela, foi apresentado na terça no fim da tarde.   "O requerimento é motivado pela notícia de que esses documentos estão sendo trabalhados por funcionários do Palácio do Planalto", disse a senadora. Ela afirmou que funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU) têm conhecimento desses dados. "Se o TCU tem conhecimento, é inadmissível que deputados e senadores de uma CPI não possam ter", completou.   O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse que o partido requereu o acesso aos dados também da atual primeira-dama, Marisa Letícia, e da ex-primeira dama, Ruth Cardoso. "Há funcionários que têm acesso a dados que nós da CPMI não temos. Precisamos até saber quem são esses funcionários e, quem sabe, convocá-los", disse.   Arthur Virgílio disse ainda esperar que Lula, assim como Fernando Henrique, autorize o acesso aos dados de seus gastos na Presidência. "O fato é que, dos gastos de Ruth e FHC, não tem um que seja com segurança nacional. Não acredito que os do Lula sejam. Era hora de o Lula ter o mesmo gesto de grandeza e dar o mesmo exemplo. Temos dados que não são de segurança nacional que podem até ser extravagantes aqui e ali, mas não são sigilosos".   (Com Carolina Freitas, da AE e Agência Brasil) var keywords = "";

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