PUBLICIDADE

CPI dos Bingos vai recorrer de liminar concedida por Jobim

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), disse que a comissão vai recorrer da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, de dar, pela segunda vez, uma liminar impedindo a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do empresário Roberto Carlos Kurzweil. Kurzweil é dono do veículo Omega blindado que teria transportado uma suporta doação de US$ 3 milhões do governo de Cuba ao PT, em 2002, no percurso entre Campinas e a sede do PT em São Paulo. Na liminar, concedida na terça-feira à noite, Jobim alega que o segundo requerimento "traz os mesmos subsídios" da fundamentação do requerimento anterior". De posse dos dois requerimentos, Efraim sustentou que essa afirmação não procede. Segundo ele, o autor das duas propostas, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), deu muitas outras razões: além da ligação de Kurzweil com empresários de jogos, Dias mostrou que o empresário é citado como a pessoa que teria intermediado a doação de R$ 1 milhão feita por empresários de jogos para o PT. "O empresário teria recolhido a metade da primeira remessa, de R$ 500 mil, e a repassado ao então tesoureiro do PT Delúbio Soares, por meio de Ralf Barquete, assessor do então coordenador político da campanha de Lula, Antonio Palocci", diz Álvaro Dias no requerimento, com base em depoimento prestado por Rogério Buratti, ex-funcionário da Prefeitura de Ribeirão Preto, ao Ministério Público. O presidente da CPI reconheceu que houve um descuido da parte da secretaria da comissão, por não ter percebido o envio de um pedido em que o STF requer mais informações sobre os motivos do pedido da quebra dos sigilos de Kurzweil. Segundo Efraim, isso teria ocorrido antes de Jobim dar a primeira liminar ao empresário.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.