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CPI do HSBC convida Cardozo e secretário da Receita Federal

Ministro da Justiça poderá prestar depoimento ao colegiado que ouviu jornalistas do UOL e do O Globo nesta quinta

Por Isadora Peron
Atualização:

Brasília - A Comissão Mista de Inquérito Parlamentar do HSBC aprovou nesta quinta-feira, 26, um requerimento para ouvir o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre as providências tomadas pelo governo diante das denúncias do caso que ficou conhecido como SwissLeaks. Se o ministro aceitar o convite, a audiência será realizada na próxima quarta-feira.

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No mesmo dia, também devem ser ouvidos o Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antonio Gustavo Rodrigues.

Durante a sessão desta quinta, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), vice-presidente da CPI, criticou a omissão das autoridades brasileiras em relação às investigações sobre as contas abertas por brasileiros no exterior e disse que essas audiências eram necessárias para esclarecer porque ainda nenhuma providência havia sido tomada. 

O ministro da Justiça, JoséEduardoCardozo."Nessa hora há muita especulação que não leva a nada", dissesobre encontro entre Lula e Costa Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

"A omissão está patente. Por isso nós precisamos ouvir as autoridades brasileiras. Essa investigação começou no mundo todo em 2008. Por que o Brasil não tomou nenhuma providência em relação a isso? Ou nós temos um sistema de informação sobre sonegação muito falho ou as autoridades do Brasil fracassaram para detectar o que pode ser o maior caso de evasão fiscal do País", disse.

Na reunião desta quinta foram ouvidos os jornalistas Fernando Rodrigues, do portal UOL, e Chico Otávio, do jornal O Globo, que deram início início a série de reportagens sobre os brasileiros com conta na agência do HSBC na Suíça.

Apesar de aceitar participar da audiência da CPI, Fernando Rodrigues se negou a fornecer à CPI a lista de 8.677 correntistas do banco. O jornalista disse temer que o documento vaze, como costuma acontecer durante as investigações no Congresso, e sugeriu que a relação seja solicitada ao governo francês, que também possui as informações. 

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