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CPI do Cachoeira 'promete espalhar mais sujeira do que o normal', diz 'Economist'

Segundo revista, mesmo que presidente Dilma Rousseff saia politicamente ilesa, investigação poderá atrapalhar seus planos.

Por BBC Brasil
Atualização:

O escândalo do esquema de corrupção comandado pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o "Carlinhos Cachoeira", "promete espalhar mais sujeira do que o normal", diz a edição da revista britânica The Economist que chegou às bancas nesta sexta-feira. A revista diz que escândalos como esse são comuns em Brasília, mas que a CPI que investigará o caso coloca políticos de todos os partidos na berlinda. A reportagem cita o envolvimento do senador Demóstenes Torres e de outros políticos - e lembra que Torres foi descrito como um homem de "princípios e convicções" em uma lista dos cem brasileiros mais influentes publicada em 2009 pela revista Época. "Até agora, os custos políticos da investigação parecem recair sobre a oposição ao governo de centro-esquerda de Dilma Rousseff", diz o texto. "Mas as revelações não são necessariamente um presente político para Rousseff." Planos Segundo a reportagem, apesar de a linha dura adotada pela presidente contra a corrupção desde o início de seu governo lhe garantir "uma reserva de credibilidade com o público", os resultados de CPIs costuma ser imprevisíveis. "Mesmo que Rousseff saia politicamente ilesa, a investigação provavelmente irá atrapalhar alguns de seus planos", diz o artigo, citando a votação sobre a distribuição dos royalties do pré-sal e projetos de infra-estrutura para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que podem ser atrasados, especialmente pelo envolvimento da construtora Delta, que está sendo investigada. "Quanto mais a podridão na política brasileira é exposta, menor o número de políticos nos quais os brasileiros sentem que podem confiar", diz a revista. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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