PUBLICIDADE

CPI do Banestado conhecerá hoje nomes dos suspeitos

Perito da Polícia Federal afirma que na lista de supeitos de remessa ilegal de dinheiro ao exterior estão 269 servidores federais e 153 candidatos a prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores e a governadores

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/politica/ticker.inc"; ?> A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado realizará hoje mais uma sessão secreta, onde serão conhecidos os nomes de possíveis envolvidos na remessa ilegal de divisas ao exterior. Segundo o perito da Polícia Federal, Renato Barbosa, a lista de suspeitos envolvem 269 servidores públicos federais, 124 candidatos a prefeitos e vereadores, além de 29 candidatos a deputados estaduais, federais, senadores e a governadores 1994, 1998 e 2002 . O perito informou que das 30 mil contas decidiu-se investigar inicialmente nove, porque representavam movimentações de US$ 1 bilhão. Ele explicou ainda que ao contrário do que deveria ocorrer nas contas CC-5, abertas em Foz do Iguaçu, os dólares trocados por reais naqueles bancos eram remetidos ao Banestado de Nova York e não a bancos do Paraguai, responsáveis pela troca de reais usados no comércio local. Gustavo Franco O relator da comissão, deputado José Mentor (PT-SP), questionou dois depoentes: o procurador Luiz Francisco de Souza e o perito da Polícia Federal, Renato Barbosa. Luiz Francisco fez um apelo à CPI para que envie uma comissão de parlamentares a Nova York em conjunto com um grupo de procuradores e delegados da Polícia Federal. O objetivo, segundo ele, seria o de obter mais documentos sobre as contas ilegais e de regularizar a situação de alguns documentos obtidos por uma equipe anterior de delegados que não pôde autenticar os documentos, devido as condições precárias com as quais estariam trabalhando. Ele informou que está coordenando atualmente quatro investigações. A primeira é sobre o ex-diretor financeiro do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio, contra o qual, segundo Luiz Francisco, há duas ações totalizando cerca de R$ 200 milhões. O segundo caso é o do Banco Opportunity, que teria usado na compra de empresas estatais recursos que teriam sido enviados para o exterior em remessas irregulares, por Foz do Iguaçu. Outro caso é de corrupção envolvendo funcionários públicos, que Luiz Francisco chama de "casos Silveirinha" e por fim a investigação sobre o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco. O procurador anunciou que em até 45 dias ajuizará uma ação contra Franco, sob a acusação de ter adotado medidas administrativas que facilitaram as remessas ilegais. Ele disse que será solicitada à Justiça que o Gustavo Franco ressarça a União pelos prejuízos sofridos. Ele pediu ainda à CPI que envie à Procuradoria e à Receita Federal os dados de movimentações bancárias suspeitas, em meio digital, referentes aos anos de 1998 e 99. Toda investigação atá agora foi feita apenas com o cruzamento dos dados de 1996 e 1997.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.