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CPI do Banespa ouvirá representante da Fipecafi

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Por Agencia Estado
Atualização:

Eliseu Martins, membro do Conselho Curador da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), ligada à Faculdade de Economia e Administração da USP, será ouvido terça-feira na CPI que investiga a intervenção do Banco Central no processo de privatização do Banespa. Segundo o presidente da comissão, deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), a convocação de Martins se justifica pelo fato de que foram contratadas duas consultorias independentes para verificar o preço do Banespa para fim de privatização. "O Banco Central contratou, sem licitação, a Fipecafi por ser uma fundação pública, e ela, por sua vez, subcontratou uma consultoria: isso é fraude à Lei de Licitação." Fleury também anunciou para a quarta-feira uma reunião administrativa para decidir os próximos passos da CPI. "Já temos um grande material para ser examinado, como a lista dos nomes das pessoas que compraram ações do Banespa 30 dias antes da intervenção até 30 dias depois da privatização. Queremos verificar se houve ou não informação privilegiada que levasse a lucros absurdos." Os trabalhos da CPI do Banespa têm sido marcados por momentos de tensão, provocados pelas ameaças de prisão de depoentes feitas pelo relator deputado Robson Tuma (PFL-SP). Na quinta-feira, Fleury precisou suspender a sessão da CPI por cinco minutos para que os ânimos se acalmassem, depois que Tuma ameaçou prender o procurador aposentado do BC Manoel Lucívio de Loiola. No dia anterior, o relator havia protagonizado idêntico incidente com o ex-presidente do Banespa, Carlos Augusto Meinberg. "Às vezes o estilo do Tuma é um pouco mais agressivo mas, como sou um conciliador por natureza, sei que não haverá nenhum incidente mais grave", acredita Fleury.

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