'CPI da Petrobrás vai acabar igual a do Cachoeira', diz líder do governo

Senador José Pimentel comparou tentativa da oposição à comissão implantada em 2012 que não indiciou nenhum dos suspeitos de colaborar com esquema criminoso

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Por Erich Decat
Atualização:

Brasília - O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), considerou nesta quinta-feira que a possível criação de uma CPI da Petrobrás tem apenas "caráter político" e que não deverá avançar nas investigações.

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"O que está querendo se investigar já está sendo investigado pelo TCU, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Essa CPI é de caráter político e vai acabar igual a do Cachoeira", afirmou o senador ao Broadcast Político.

Em abril 2012, o Congresso instalou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira destinada a investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, entre os quais parlamentares como o ex-senador Demóstenes Torres, cassado após o escândalo vir à tona, e empresários. Após seis meses de debates, os integrantes da comissão aprovaram um relatório de duas páginas que não pediu o indiciamento de nenhum dos suspeitos de envolvimento com o esquema comandando por Cachoeira e apenas sugeriu o encaminhamento do material produzido pela CPI ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal.

O líder do governo no Congresso vê como "indiferente" a possibilidade de a CPI protocolada no Senado seja ampliada para uma comissão Mista, em que também contaria com a participação dos deputados. "É indiferente. Isso é papel da oposição, ao governo cabe esclarecer com dados", afirmou José Pimentel.

Nesta manhã, o PSDB protocolou no Senado, com o apoio de 28 senadores, o pedido de requerimento de criação de uma CPI para investigar a Petrobrás. O desafio de integrantes da oposição será manter o número mínimo de 27 assinaturas.

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