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CPI da Petrobras marca depoimento de Paulo Roberto Costa

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Por Ricardo Brito
Atualização:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista da Petrobras marcou para a próxima quarta-feira, 17, o depoimento do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 10, em uma reunião de integrantes da comissão, com a presença de líderes partidários no gabinete do presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Desde 29 de agosto, o ex-diretor está fazendo prestação depoimento, na forma de delação premiada, no Paraná, supostamente envolvendo políticos da base aliada em um esquema de recebimento de propina na Petrobras.A comissão já havia aprovado um requerimento de convocação de Costa e aproveitou essa medida para efetivamente convocá-lo. O senador Vital do Rêgo informou, ainda, ao final da reunião, ter tomado outras duas providências para apurar a situação envolvendo as denúncias do ex-diretor da petroleira. A primeira medida foi ter enviado ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, e ao juiz federal Sérgio Moro, pedindo o compartilhamento dos dados referentes ao acordo de delação premiada firmado com Costa. A segunda medida foi pedir uma audiência com Zavascki para discutir o caso que, por envolver parlamentares, deverá ser analisado pelo Supremo, caso sejam confirmados indícios de envolvimento. Os integrantes da CPI mista querem o respaldo do Supremo para a decisão de ter acesso à delação premiada.O presidente da CPI mista disse que precisa ouvir o mais rápido possível Paulo Roberto Costa. Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o depoimento do ex-diretor de abastecimento, sem a conclusão de todo o processo de delação premiada, pode por inócuo. "Ele pode vir aqui e não falar nada", apontou Cunha. "É um gesto que o Congresso não pode deixar de fazer", afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Na tarde de hoje, a partir das 14h30, a CPI mista deverá ouvir outro ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, e os parlamentares podem aproveitar a oportunidade para votar requerimentos.

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