16 de outubro de 2009 | 20h45
"Todos são artigos de luxo adquiridos com dinheiro público, sem tomada de preço e sem justificativa, comprados em uma loja de artigos sofisticados e cujo destino é desconhecido, o que mostra, mais uma vez, a confusão que a governadora faz entre o público e o privado", afirmou Stela.
Segundo Stela, há mais documentos indicando compras semelhantes, no mesmo ano, no valor de R$ 31 mil. Pelo menos parte do material foi destinada ao Palácio das Hortênsias, residência oficial do governo gaúcho em Canela, na serra.
Da Camino vai analisar os papéis e, se entender que é o caso, anexá-los ao pedido de inspeção especial nos gastos da Casa Civil e da Casa Militar feito na quarta-feira ao Tribunal de Contas do Estado para verificar se o pagamento de material de construção e móveis infantis destinados à residência particular da governadora Yeda Crusius (PSDB), objeto de representação feita por Stela na semana passada, teve finalidade pública ou não.
Até o início da noite, a administração estadual ainda não havia comentado a nova atitude e a manifestação da presidente da CPI. O secretário da Transparência, Francisco Luçardo, disse que vai tomar informações da Casa Militar para fornecê-las a Da Camino.
Sempre que abordaram as compras para a casa de Yeda, representantes do Palácio Piratini disseram que a administração estadual entende que a legislação permite tais aquisições por considerar a residência particular da governadora como uma extensão da residência oficial, na qual podem ser feitas benfeitorias para dar conforto e segurança para os moradores e eventuais visitas e também criar um ambiente adequado ao trabalho fora do horário de expediente.
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