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CPI adia votação sobre sigilo da Delta e convocação de governadores

Em sessão tumultuada e novamente marcada pelo silêncio dos depoentes, parlamentares do PSDB, do PT e do PMDB conseguiram deixar decisões para a próxima terça

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Por Redação
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BRASÍLIA - A CPI do Cachoeira decidiu nesta quinta-feira, 24, adiar a tentativa de votação da quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da matriz da Delta Construções e do pedido de convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). A decisão contou com o apoio em peso dos parlamentares do PSDB, do PT e do PMDB. Prevaleceu o entendimento da maioria de que a votação dos requerimentos será o primeiro item da pauta da CPI, na próxima terça-feira, 29. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Kátia Abreu (PSD-TO) foram os que mais pressionaram, sem sucesso, para votar nesta quinta os pedidos, logo após os depoimentos do ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB) e de auxiliares do contraventor Carlinhos Cachoeira, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Jairo Martins de Oliveira. O ex-vereador leu um depoimento em sua defesa, mas não usou o direito constitucional de ficar calado. A estratégia, como esperado, foi seguida pelos demais. "Dos depoimentos que virão, só iremos ouvir o silêncio", afirmou Randolfe Rodrigues. "Temos que avançar na quebra de sigilo (da Delta)", disse. "Nós começamos a perceber aqui dentro a bancada da Delta", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), ao questionar a votação dos colegas. Sessão tumultuada. Nenhum dos depoentes listados aceitou responder às perguntas dos parlamentares, mas ainda assim a sessão desta quinta-feira durou quase quatro horas. O encontro foi marcado pela troca de acusações entre deputados e senadores da oposição e da base governista sobre o encaminhamento das investigações da comissão. Para os tucanos, o relator da CPI, o deputado Odair Cunha (PT-MG), foca sua atuação contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Petistas rebateram a acusação. A pedido da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), a presidência da CPI aceitou convocar eleições para a vice-presidência da comissão na tentativa de colocar membros de outros partidos no comando das investigações. / Com estadão.com.br

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