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Corte no Orçamento deve ser da ordem de R$ 70 bi a R$ 80 bi, diz Levy

Ministro da Fazenda falou sobre o contingenciamento estudado pela pasta enquanto as MPs do ajuste fiscal aguardam aprovação no Congresso

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Por Ricardo Della Coletta , Daiene Cardoso e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Atualizado às 20h49

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta tarde que o corte no Orçamento, que deve ser anunciado até a próxima sexta-feira, 22, será o necessário para o cumprimento da meta fiscal. Ele confirmou que a ordem de grandeza do bloqueio variará entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões, conforme antecipou o Broadcast na última sexta-feira 15, e disse que o corte de despesas vai ser uma amostra de "disciplina nas despesas discricionárias" e mostrará que governo está "cortando na carne". 

A presidenteDilma Rousseff acompanhadapelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy durante cerimônia de assinatura do contrato de concessão da Rodovia BR 101/RJ Ponte Rio-Niteroi, no Palacio do Planalto, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Questionado se o contingenciamento estaria entre essa margem que vem sendo noticiada, Levy respondeu que "a ordem de grandeza vai ser nesta faixa". "Estamos analisando, não sabemos qual vai ser o resultado do Congresso. Estamos aguardando e avaliando as diferentes opções", afirmou Levy, ao ser questionado sobre ajuste fiscal e sobre uma possível nova rodada de imposto. "(O corte) será o necessário para a gente cumprir a meta". 

Disciplina. O ministro ainda afirmou nesta noite que o corte de despesas planejado pela equipe econômica é uma "disciplina nas despesas discricionárias" e que o número em estudo vai provar que o governo "está respeitando todas as suas responsabilidades e cortando na carne". 

Ainda segundo Levy, o objetivo é que sejam retomados os mesmos níveis de gastos discricionários de 2013, que foi de R$ 227 bilhões. "Na medida em que 2014 foi um ano de certo excesso, o que levou a um déficit primário, e não queremos repetir isso, estamos voltando para (os níveis de) 2013, que foi relativamente de expansão", afirmou Levy.

O ministro disse ainda que está em andamento o esforço para arrumar a economia, o que é "essencial para a gente avançar no ajuste e preparar as condições para o Brasil voltar a crescer e para a gente ter geração de emprego", afirmou. "Quanto mais rápido a gente concluir isso (ajuste), mais a gente vai poder falar das concessões, das novas estradas, da ampliação de portos e aeroportos, tudo isso que faz a economia se mover."

Questionado sobre possíveis aumentos de tributos, Levy alegou que é preciso garantir o equilíbrio fiscal, lembrando que a lei obriga o governo a tomar medidas quando as receitas se mostram insuficientes. 

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"Se verificarmos que a receita não comporta o cumprimento da meta (fiscal), a gente toma medidas. E temos de avaliar se é questão de ampliar ainda mais os cortes ou que outra medida temos que fazer. Isso é tranquilo e é o que a lei manda", concluiu. 

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