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Corte européia nega recurso para impedir extradição de Cacciola

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Por Redação
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A Corte de Direitos Humanos da Europa negou um recurso do ex-banqueiro Salvatore Cacciola para que ele não fosse extraditado de Mônaco para o Brasil, informou nesta quinta-feira o Ministério da Justiça. Na quarta-feira, já havia sido recusada uma apelação de Cacciola contra um parecer da Procuradoria do principado favorável à extradição dele. Em 2005, ele foi condenado pela Justiça brasileira a 13 anos de prisão por crimes financeiros na gestão do banco Marka, que quebrou em 1999. "Num ato inédito, os advogados do banqueiro fizeram uma última tentativa de reverter o parecer da Câmara do Conselho da Corte de Apelação de Mônaco", disse o ministério em comunicado. A decisão final sobre a extradição cabe ao príncipe Albert e deve ser tomada em julho. Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, está cada mais próxima a possibilidade de se efetivar a extradição. "A impunidade tem sofrido derrotas sucessivas", afirmou ele, segundo a nota. Foragido desde 2000, Cacciola foi preso pela polícia de Mônaco em setembro do ano passado. A instituição financeira quebrou em meio à maxidesvalorização do real, em 1999, uma vez que, ao contrário da maioria do mercado, o Marka contraiu altas dívidas em dólar. Durante aquele período, o Banco Central socorreu o Marka e o FonteCindam com 1,6 bilhão de reais. O BC justificou a medida como necessária para evitar o que classificou de risco sistêmico para o mercado financeiro do país.

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