Corte de tarifas do etanol não está em discussão, dizem EUA

Tema é o principal ponto da visita de Bush ao Brasil, nesta quinta. Já o governo brasileiro quer levar discussão à OMC para que produto seja mais competitivo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W . Bush, não pretende ceder às pressões para reduzir as tarifas sobre a importação de etanol do Brasil. Bush chega ao País nesta quinta-feira, 8. "A tarifa não está sob negociação e não temos a intenção de propor qualquer alteração, o que é, obviamente, um assunto do Congresso", declarou nesta segunda-feira, 5, Stephen Hadley, conselheiro da Segurança Nacional dos EUA. Hadley falou sobre a viagem de Bush a cinco países da América Latina, cuja primeira parada será o Brasil. No entanto, o governo brasileiro quer levar o tema das tarifas de importação do etanol para as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), informa a edição do Estado nesta segunda-feira, 5. Funcionários do Departamento Econômico do Itamaraty confirmaram à reportagem que o governo espera tratar do assunto nos debates em Genebra para permitir que o combustível possa ser exportado do Brasil de forma mais competitiva e que deixe de sofrer sobretaxas nos principais mercados. O etanol é um dos principais itens da agenda do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve pressionar Bush pela redução das barreiras ao álcool brasileiro. A taxa de 0,54 centavos de dólar por galão inviabiliza as exportações brasileiras para os americanos. Participação da América Latina Hadley disse que Lula e Bush devem acertar um acordo de cooperação com o objetivo de desenvolver o produto, aumentar a participação dos países da América Central e Caribe na produção e participar do Fórum Internacional dos Biocombustíveis, um esforço que pretende uniformizar a indústria do etanol. Bush deve mencionar a proposta de acordo no discurso que fará nesta segunda-feira. Hadley disse ainda que Estados Unidos e Brasil, os dois maiores produtores mundiais de etanol, não pretendem se unir para criar uma "OPEP" do etanol. "Não se trata de compartilhar produção, mas de encorajar o desenvolvimento e a entrada de países do Caribe e da América Central nesse jogo", disse Hadley

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