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Correios tentam atender a pedidos para Papai Noel

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Por Agencia Estado
Atualização:

De brinquedos a empregos para os pais. No imaginário das crianças brasilienses, que estão enviando cartas a Papai Noel, o bom velhinho é capaz de realizar qualquer sonho. A menos de um mês do Natal, crianças pobres e ricas começaram a enviar cartas endereçadas ao Papai Noel no Pólo Norte, no céu ou na Rua da Felicidade. As mensagens, às vezes acompanhadas de desenhos, param na direção regional dos Correios em Brasília, que tenta atender aos pedidos com a ajuda de doações de empresas e de particulares. A partir do dia 18, carteiros se vestirão de vermelho e colocarão barba e gorro para entregar os presentes para as crianças. O pedido varia de acordo com a realidade social do menor. Crianças pobres que moram na periferia pedem empregos para os pais, alimentos, remédios e material de construção. Os mais ambiciosos desejam videogame e até telefone celular de última geração. Entre as cartas, surgem pedidos singelos como ?um simples cachorro? para ser seu amiguinho. A ordem nos Correios é dar prioridade aos mais carentes. Há 10 anos, funcionários dos Correios e voluntários fazem seleção dos pedidos, que são atendidos dependendo dos donativos disponíveis. Quem não tiver o desejo atendido, pelo menos ganhará uma cartinha de resposta do Papai Noel. Voluntários como a estudante de Relações Exteriores, Fernanda Moraes de Campos, que se juntou aos funcionários do órgão para ler as mensagens, podem ?adotar cartas?, ou seja, realizar o desejo daquela criança. Fernanda se emocionou, por exemplo, com uma menina de 7 anos que pediu apenas um bolo de chocolate para dividir com as amigas no dia de seu aniversário, duas semanas antes do Natal. Já as funcionárias dos Correios, que também estão trabalhando como voluntárias no serviço, decidiram ajudar um menino da Ceilândia ? cidade-satélite de baixa renda ? que queria comprar guloseimas para as quais os pais não têm dinheiro. Ele contou ao pai que enviaria a cartinha revelando o seu desejo. ?Papai Noel não existe, é coisa de gente besta?, ouviu como resposta. O chefe da assessoria de comunicação social dos Correios na capital, Flavio Israel de Oliveira, garante que esse menino receberá o presente pedido, nem que para isso seja necessário ?fazer uma vaquinha? entre os funcionários. Oliveira comenta que o atendimento dos pedidos depende de donativos. Os Correios buscarão as doações na casa dos interessados em ajudar as crianças. Veja a galeria de fotos

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