Corregedoria quer notas fiscais de Moreira

Por Eugênia Lopes e Luciana Nunes Leal
Atualização:

A Corregedoria da Câmara vai pedir ao deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) mais informações sobre o uso da verba indenizatória para despesas com segurança em 2007 e 2008. Suspeito de destinar os recursos públicos para suas empresas de vigilância, Moreira apresentou ontem defesa à corregedoria, mas as explicações não foram satisfatórias para responder a representação feita pelo PSOL. O partido pediu uma avaliação das notas fiscais que comprovam os gastos com segurança. Moreira gastou R$ 236 mil da verba indenizatória de 2007 e 2008 com segurança, o equivalente a 68,4% dos R$ 365 mil gastos no período. Se o deputado não encaminhar as notas fiscais, a corregedoria pedirá os documentos à Direção Geral da Câmara. Se ficar comprovado que a verba foi mesmo destinada a empresas do deputado, ele pretende argumentar que não há qualquer ilegalidade. As normas de uso da verba indenizatória não impedem a contratação de empresas de parlamentares, parentes ou pessoas próximas. Moreira ocupou o cargo de corregedor da Casa por menos de uma semana. Ele teve que dar explicações sobre um castelo no interior de Minas Gerais, avaliado em R$ 25 milhões e não declarado à Receita Federal. O corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), disse apenas que a assessoria jurídica está analisando a defesa de Moreira para decidir os próximos passos da investigação. O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou à presidência da Câmara cópias das notas fiscais.

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