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Corregedoria inicia investigações sobre Demóstenes Torres

Foco dos trabalhos é a quebra de decoro parlamentar do ex-senador no suposto envolvimento com Cachoeira

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Por Redação
Atualização:

A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPE) iniciou nesta sexta-feira, 13,investigações sobre uma "eventual infringência de dever funcional" do Procurador de Justiça, Demóstenes Lázaro Xavier Torres, durante sua permanência, a partir de 2001, no Senado Federal.

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No entanto, o foco dos trabalhos se concentra mais nas denúncias de ter empregado o cargo de senador, do qual foi cassado há dois dias, por quebra de decoro parlamentar no suposto envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos de Almeida, o Carlinhos Cachoeira.

A decisão da Corregedoria foi possível porque Demóstenes, que é procurador de Justiça, retornou na quinta-feira às suas antigas funções.

Como informou a Nota Oficial: "por ter Demóstenes Torres reassumido a 27ª Procuradoria de Justiça, foi iniciado o processo".

Denominado de "averiguação da reclamação disciplinar (2012.0036.6906)", o procedimento tem caráter sigiloso, e visa apurar responsabilidades.

Para estabelecer se ocorreu algum deslize do procurador, a Corregedoria disse ainda que serão requeridos junto ao Senado Federal e à Procuradoria Geral da República o envio de documentos específicos, cujos conteúdos não foram revelados na Nota Oficial. (leia abaixo a íntegra).

Nesta sexta-feira, Demóstenes Torres não apareceu na sua antiga sala, no terceiro andar. É que, após ter se apresentado ao MPE, na quinta, também requereu licença de cinco dias.

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A assessoria de imprensa não informou se o prazo da licença será contado em dias úteis ou corridos.

Esta é a íntegra da Nota - "A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado de Goiás informa que, concretizado o retorno do Procurador de Justiça Demóstenes Lázaro Xavier Torres às funções perante a 27ª Procuradoria de Justiça, instaurou, de ofício, na data de hoje, 13 de julho de 2012, reclamação disciplinar, registrada sob o nº 2012.0036.6906, para o fim de apurar eventual infringência de dever funcional, decorrente dos fatos trazidos a lume pela chamada Operação Monte Carlo. Informa, ainda, que o procedimento tem caráter sigiloso e visa a coleta criteriosa de elementos seguros para delimitar o objeto da apuração. Para tanto, foram, de início, solicitados documentos ao Senado Federal e à Procuradoria-Geral da República".

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