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Corregedora revê penalidades do caso DNER

Por Agencia Estado
Atualização:

A corregedora-geral da União, Anadyr Mendonça de Rodrigues, deverá enviar na próxima semana ao presidente Fernando Henrique Cardoso a revisão das penalidades impostas aos funcionários do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) envolvidos no esquema de fraudes de pagamentos de precatórios. Segundo explicou a ministra, por se tratar de ato de responsabilidade do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, as possíveis correções têm de ser enviadas ao presidente. "Está no forno", brincou a ministra, sem querer adiantar quais correções serão feitas. Anadyr explicou que a reavaliação do procedimento administrativo adotado pela procuradoria-geral do DNER, a pedido de Padilha, está passando por uma última apreciação da Corregedoria-Geral da União (CGU). A denúncia de que as sanções aplicadas pela sindicância interna instaurada por Padilha teriam sido muito leves foi feita à CGU pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Vou enviar ao presidente uma análise diagnóstica e técnica e caberá a ele tomar a decisão", disse Anadyr. Esta análise sobre a revisão das penas poderá incluir a demissão dos servidores envolvidos no episódio e a cassação de aposentadorias concedidas. Entre os vários personagens envolvidos nos escândalo dos precatórios do DNER estão o advogado Tarcísio Pichirelli, os procuradores Rômulo Fontenelle Morbach e Pedro Elói Soares e o diretor-geral do órgão, Genésio Bernardino. O procedimento administrativo instaurado pelo Ministério dos Transportes só puniu dois servidores da autarquia. Bernardino, demitido do cargo em março de 2000, foi advertido. Soares Elói foi suspenso por 30 dias. Morbach não foi sequer citado e conseguiu se aposentar em meados de abril.

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