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Corregedora-geral da União fala na Câmara

Por Agencia Estado
Atualização:

A corregedora-geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, fala, a partir das 11 horas, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Entre os vários temas que a Corregedoria está analisando, os deputados devem indagar sobre a revisão das penalidades impostas aos funcionários do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) envolvidos no esquema de fraudes de pagamentos de precatórios. Há um procurador da Corregedoria-Geral da União (CGU) especialmente designado para reavaliar o procedimento administrativo adotado pela Procuradoria-Geral do DNER a pedido do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. A análise, sobre a revisão das penas - que poderá incluir a demissão dos servidores envolvidos no episódio e a cassação de aposentadorias concedidas - segundo a ministra, ainda não está concluída. Ontem, Padilha esteve na Corregedoria-Geral para uma conversa com a ministra. O encontro durou 13 minutos. "Foi uma visita de cortesia", justificou Padilha. O ministro afirmou que os dois não conversaram sobre a revisão das penalidades do processo do DNER. "Eu não converso sobre processos em andamento." Padilha disse não temer a reabertura do caso. "O que quer a corregedora, quer o ministro: o governo quer uma coisa só", afirmou. "Quando o presidente criou a Corregedoria, automaticamente, disse que ela poderia apontar novas análises e que deveríamos estar preparados para corrigir rumos." A denúncia de que as sanções aplicadas pela sindicância interna instaurada por Padilha teriam sido muito leves foi feita à CGU pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Entre os vários personagens envolvidos no escândalo dos precatórios do DNER, estão o advogado Tarcísio Pichirelli, os procuradores Rômulo Fontenelle Morbach e Pedro Elói Soares e o diretor-geral do DNER, Genésio Bernardino. O procedimento administrativo instaurado pelo Ministério dos Transportes só puniu dois servidores da autarquia. Bernardino, demitido do cargo em março de 2000, foi advertido. Soares Elói foi suspenso por 30 dias. Morbach não foi sequer citado e conseguiu se aposentar em meados de abril deste ano.

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