Corregedora defende revisão do sistema penal

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Por Agencia Estado
Atualização:

Empossada com status de ministro pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, a corregedora-geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, admitiu que talvez não tenha experiência ou sensibilidade política, mas atribuiu a sua escolha para o cargo ao fato de ser técnica e mulher. Ela defende a revisão do sistema penal e afirma que o sistema revelou-se "impotente" para fazer a contenção de desvios éticos. "Os pensadores da ciência penal vão ter de ficar mais humildes e reconhecer que o sistema que eles criaram está horrível, revela-se ineficiente", diz. "Talvez o sistema esteja incapacitado porque a população cresceu de uma maneira desmesurada e ele não acompanhou." Para Anadyr, o Executivo está bem aparelhado para investigar e coibir a corrupção no poder público, que deve ser considerada crime de gravidade máxima. O que falta é coordenação das ações, cobrança de prazos e de resultados, delcara a corregedora-geral. Missão - Anadyr diz que tem esperança de cumprir seu papel e punir exemplarmente as irregularidades administrativas no governo. "A grande missão da Corregedoria Geral da União é mostrar que talvez não seja tão grande essa situação de corrupção. A corregedora acredita que vai provar que a corrupção não é generalizada como pensam alguns. "O balanço final, se tempo houver para isso, haverá de demonstrar que esse quadro caótico não corresponde à nossa realidade nacional", diz. "Qualquer pessoa acha que todo mundo está corrompido, que não vale a pena ser honesto. Eu não acredito nisso."

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