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Corredor do Senado passa por obras

Por Agencia Estado
Atualização:

O "túnel do tempo" do Senado, como é chamado o principal acesso aos gabinetes dos parlamentares, está em obras para não desabar. Mesmo quem nunca visitou a Casa já deve ter visto o túnel pela televisão: é aquele corredor de oito metros de largura onde os repórteres gravam as matérias sob as luzes dos refletores. O "cenário" ficará parcialmente obstruído por tapumes até depois das eleições. Até lá, a passagem se dará por dois pequenos corredores, iluminados por lâmpadas incandescentes. Parte do trabalho está sendo feito fora do Senado. Quando estiver concluída, o chefe do Serviço de Obras, engenheiro Adriano Bezerra Farias, informa que será feita a parte mais requintada do trabalho, com o "macaqueamento" - para cima, é claro - das imensas estruturas de cimento. A empresa Infrasolo foi a vencedora da licitação aberta para a obra, que vai custar R$ 184 mil. De acordo com Faria, um laudo técnico, preparado há mais de três anos, mostrou que duas das três coberturas de concreto que formam o túnel sofreram rebaixamento de 13 centímetros. A parte central, que suporta uma das pistas do eixo monumental, foi a única que resistiu a 42 anos de construção. "É a parte mais reforçada do túnel", segundo o engenheiro. As estruturas laterais caíram, como qualquer leigo pode perceber, olhando para cima. A exposição de fotos e documentos, que contam a história do Senado desde o Império, até então expostas nas laterais do "túnel do tempo", foi transferida temporariamente para outro recinto da Casa. Na volta ao trabalho, na primeira semana de agosto, os parlamentares também vão notar diferença no chão no Senado. Parte do carpete bege que cobria os corredores foi trocado por granito na cor cinza andorinha. Serão substituído ao todo cinco mil metros quadrados de carpete. O chefe de Obras diz que, para baratear o preço, o granito foi adquirido diretamente de um fornecedor do Espírito Santo, sem intermediário, por R$ 235 mil. Só deve restar, ao final, o carpete azul. Até porque, para os menos entendidos sobre a estrutura física do Congresso brasileiro, a cor do carpete tem sido determinante. O turista sabe que chegou à Câmara quando sai do carpete azul do Senado e pisa no carpete verde da Câmara.

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