PUBLICIDADE

Correção: 'PF prende o próprio diretor-executivo'

Por Vannildo Mendes
Atualização:

Na nota ''PF prende o próprio diretor-executivo em ação antifraude'', a grafia da sigla da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis, órgão colegiado integrado por cinco ministérios e presidido pelo Ministério da Justiça, estava errada. A sigla é ''Conportos'', e não ''Comportos''. Segue a matéria novamente, atualizada: A Polícia Federal prendeu hoje o delegado Romero Menezes, diretor-executivo e segundo na hierarquia do órgão. A prisão é desmembramento da operação Toque de Midas, realizada em julho para combater fraudes em licitações na concessão da Estrada de Ferro do Amapá. O Ministério Público do Amapá descobriu que o irmão do delegado Romero Menezes, José Gomes de Menezes, é um empresário que atua no ramo de segurança e serviços em portos e que estaria usando exploração de prestígio, por ser irmão do delegado da PF, para conseguir benefícios. Romero Menezes recebeu a voz de prisão do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa. O Ministério Público do Amapá encontrou indícios de que Romero estava envolvido nas irregularidades. Para o Ministério Público do Amapá, houve exploração de prestígio, advocacia administrativa, corrupção passiva e tráfico de influência. Uma das irregularidades, segundo a Procuradoria, seria a forma para a obtenção de contratos para vigilância e serviços gerais. José Gomes teria usado o prestígio do irmão para o fechamento dos contratos. Romero prestou depoimento na Polícia Federal e deverá ser recolhido a uma cela especial da Superintendência da PF, separada dos outros presos, por motivo de segurança. Constrangido, o diretor-geral da PF disse que está chocado com a denúncia, mas alegou que ninguém está acima da lei e decisão da Justiça é para ser cumprida "seja quem for a autoridade pública". A PF abriu também procedimento de investigação na corregedoria para verificar o nível de envolvimento de Romero Menezes nas irregularidades ou se ele foi apenas um alvo de exploração de prestígio praticado pelo irmão para obter contratos com o setor público. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária de busca e apreensão nos Estados do Amapá e Pará, e no Distrito Federal. Em Brasília as diligências foram feitas no Ministério da Justiça. Ali foram apreendidas as fichas de inscrição dos indicados pelo irmão de Romero para um curso na áreas de segurança portuária promovido pela Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos). Os pedidos foram indeferidos. A Conportos é um órgão colegiado integrado por cinco ministérios e presidido pelo Ministério da Justiça

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.